A Região
Tiradentes
Uma visita ao túnel do tempo. Aos pés da Serra de São José, Tiradentes nos proporciona voltar ao século 18, com ruelas cheias de casarões bem cuidados, charretes e um clima de história constante. Sim! A cidade parou no tempo, o que encanta!
Próxima a São João del-Rei, tem sua história iniciada com a exploração do ouro. Em 1718, tornou-se vila com a denominação de Vila de São José del-Rei em homenagem ao príncipe herdeiro D. José. A partir daí, foi ganhando construções civis e religiosas.
Tiradentes, que foi o cenário, em 1789, das prisões de muitos inconfidentes mineiros, hoje é escolhida como paisagem de filmes e novelas, festivais e casamentos. Seu nome, decretado em 1889, foi sugestão de Silva Jardim, o mais atuante propagandista da República. Ele defendeu e convenceu a todos de que a cidade deveria homenagear Tiradentes e não um rei português.
Principais atrativos:
- Serra de São José
- Igrejas barrocas
- Artesanato
- Culinária
- Festival de cinema
- Encontro dos Apreciadores da Harley Davidson
- Festival gastronômico
Prados
Em Prados também encontraram ouro! Parte do Circuito Trilha dos Inconfidentes, a cidade, incialmente chamada de Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Prados, foi uma das mais importantes da época. Além da riqueza, o local foi passagem de boiadas e tropas e foi cenário de reuniões da Inconfidência Mineira. Foi lá que viveu a mulher mais atuante no movimento: Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, mulher do inconfidente Francisco Antônio de Oliveira Lopes.
Hoje, além de sua memória histórica, das igrejas e dos casarões conservados, Prados conserva sua tradição musical que tem origem nas cerimônias religiosas dos séculos 18 e 19. Há também o rico artesanato, que vai de fabricação de móveis a produção de telas, bordados, fuxicos, crochês, tapetes, esculturas e adornos em geral, que estão por toda parte. Enfim, Prados é arte e história.
Principais atrativos:
- Festival de música erudita
- Lira Ceciliana
- Artesanato
Distrito Vitoriano Veloso (Bichinho)
O distrito de Vitoriano Veloso pertence a cidade de Prados desde 1938 e é conhecido como Bichinho. Há 7 km de Tiradentes, aos pés da Serra de São José e embebido na história da Inconfidência Mineira e na exploração do ouro, o povoado tem seu nome em homenagem ao inconfidente Vitoriano Gonçalves Veloso, negro, escravo alforriado e alfaiate que nasceu e viveu na região.
A Igreja de Nossa Senhora da Penha revela as origens setecentistas do distrito. Sua construção foi iniciada por volta de 1732, sendo concluída somente em 1771. Com fachada simples, não evidencia a riqueza de seu interior, dominado por belíssimas pinturas em estilo rococó. As torres foram acrescentadas no início do século 20.
Hoje, Bichinho é conhecida pelo artesanato e produção de doces. Suas casas antigas servem tanto como residências quanto como oficinas, ateliês, lojas. O diferencial das peças é que muitas são feitas com o aproveitamento de material de demolição, madeira, ferro, lata, plásticos e tecidos de algodão. Móveis, telas, bordados, fuxicos, crochês, tapetes, esculturas e adornos em geral estão por toda a parte.
Principais atrativos:
- Igreja de Nossa Senhora da Penha
- Artesanato
- Culinária
- Serra de São José
- Museu do Automóvel
Resende Costa
Colchas, cortinas, tapetes. Ao entra em Resende Costa o visitante já depara com um bonito colorido nas janelas das casas e nas portas do comércio. São as cores do seu notável artesanato têxtil. Essa herança artística advém das técnicas dos portugueses que viveram na cidade no seu início, na década de 40 do século 18. Todas as mulheres dominavam o processo da tecelagem que era feito apenas para uso doméstico.
Na história do país, foi citada várias vezes nos Autos da Devassa, citada pelo inconfidente José de Resende Costa. Aliás, por causa dele e de seu filho que a cidade, em 1911, ganhou esse nome. Homenagem feita!
Além do belo artesanato, a cidade conserva sua bela Matriz de Nossa Senhora da Penha de França, com seu interessante Museu de Arte Sacra. De seus mirantes, a Laje de baixo e a Laje de cima, os turistas podem apreciar uma vista pitoresca dos férteis campos do Circuito Trilha dos Inconfidentes.
Principais atrativos:
- Artesanato
- Mirantes
- Cachoeiras
Coronel Xavier Chaves (Coroas)
“Vai diminuindo a cidade, vai aumentando a simpatia. Quanto menor a casinha, mais sincero o bom dia.” A composição de John, cantada pela banda Pato Fu, traduz a essência de Coras. Cidade pequena, simples, pacata, mineira, ajardinada.
A origem do município está na fazenda do Mosquito, que no século 19 pertenceu ao Coronel Francisco Rodrigues Xavier Chaves da linhagem de Tiradentes. Hoje, quem visita o município encontra uma cidade que preserva alguns casarões, passos da paixão, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição e uma graciosa capela de pedras dedicada a Nossa Senhora do Rosário.
Da cachaça ao artesanato. Lá lindas rendas de abrolhos e delicados bordados em ponto cruz são feitos pelas habilidosas xavierenses. Esculturas em gnaisse e pedra sabão são encontradas em atelieres e também surpreendem os visitantes. E tem a cachaça. Produzida em um engenho do século 18, que pertenceu ao Padre Domingos, irmão de Tiradentes, ela é orgulho da cidade. O engenho é considerado o mais antigo do Brasil, com mais de 150 anos, ainda em funcionamento.
E mais! Apesar de não conhecida, a cidade encanta com campos e pastagens bonitos e a estrada para a Fazenda do Pombal, que foi cenário de grandes histórias na época do ouro no estado. Trata-se de um dos mais antigos caminhos da região que foi muito utilizado por tropeiros, bandeirantes e inconfidentes, principalmente, pelo alferes Tiradentes.
Principais atrativos:
- Capela de pedras
- Cachoeiras
- Engenho
- Artesanato
- Jequitibá (com copa de 45 metros de diâmetro)
Santa Cruz de Minas
Menor e um dos mais novos municípios do Brasil. O pequeno distrito, emancipado em 1995, tem seu processo histórico fortemente ligado aos de São João del-Rei e Tiradentes. Por estar na Estrada Real, Santa Cruz de Minas recebeu do governo estadual, em 2003, um monumento em aço que assinala o “marco zero” dessa antiga rota histórica.
O destaque da cidade é a grande quantidade de lojas de móveis em estilo colonial e objetos artesanais para decoração em ferro forjado, cerâmica, fibra de taboa, dentre outros.
Principais atrativos:
- Móveis
- Artesanatos
- Cachoeiras
Ritápolis
Em Ritápolis, está uma importante referência histórica do Circuito Trilha dos Inconfidentes – a Fazenda do Pombal. Foi ali que nasceu Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, no ano de 1740, quando a propriedade ainda pertencia à Vila São João del-Rei. Hoje, as históricas ruínas do Pombal estão dentro da Floresta Nacional de Ritápolis, local dotado de boas trilhas para caminhadas.
A cidade surgiu do cruzamento de dois importantes caminhos históricos do século 18 – um que ligava o Rio de Janeiro a Goiás e outro que vinha do sul para o norte (onde tropeiros e viajantes paravam para repouso após dias e dias de viagem).
Os sabores de Ritápolis encantam. A produção artesanal do município centra-se em licores, doces e biscoitos. Além dos crochês e bordados em ponto cruz. A natureza também marca. Do alto do morro do Cruzeiro, local procurado para caminhadas, tem-se uma vista panorâmica da cidade, e a 4 km do centro, é possível curtir a gostosa cachoeira do Jaburu. Além disso, há turismo rural, que permite viajar na história conhecendo antigas fazendas que conservam suas imponentes arquiteturas e tradições.
Principais atrativos:
- Quitandas
- Artesanatos
- Cachoeiras
- Turismo rural
Carrancas
Um pedacinho de Minas, cheio de montanhas e água. Carrancas é o paraíso das cachoeiras e da tranquilidade: a terra das cachoeiras. No século 18, em meio à corrida pelo ouro, a cidade teve seu início. De um dos locais onde se minerava se avistavam duas pedras que tinham semelhança com a fisionomia humana, por isso o nome Carrancas.
O sino da igreja matriz, que toca de quinze em quinze minutos, demonstra que as tradições religiosas são vividas com toda a intensidade pelos moradores. Extremamente religiosos, os habitantes não comemoram o carnaval, e os homens saem em retiro espiritual.
Principais atrativos:
- Cachoeiras
- Ecoturismo
- Religiosidade
São Tiago
Sabores de Minas... São Tiago é um dos portões para o Circuito Trilha dos Inconfidentes. Logo na chegada, chaminés chamam a atenção dos visitantes para os fornos que assam os mais diferentes tipos de biscoitos ali produzidos – são mais de 60 tipos – e que conferem a São Tiago o gostoso título de “terra do café-com-biscoito”. Mas, nem só de biscoito vive o povo de São Tiago. O município produz doces caseiros, derivados de mandioca, cana-de-açúcar e leite. A habilidade para fazer quitandas é uma tradição que acompanha a trajetória do município cujas origens remontam a 1708, quando bandeirantes espanhóis chegaram à região a procura de ouro. Foram eles que trouxeram o culto ao santo para aquelas paragens.
A cidade também produz artefatos de couro e artesanato como crochê, tricô, bordados e tear. O cultivo de maracujá também se destaca.
Principais atrativos:
- Biscoitos e quitandas
- Casa da Cultura
- Casarões, passos da Via Sacra e igrejas
- Cachoeiras
- Balneário da Usina e Recanto do Rio do Peixe
Barbacena
Há 1.000 metros de altitude, na serra da Mantiqueira. Barbacena é um dos portões do Circuito Trilha dos Inconfidentes, principalmente para quem vem do Rio de Janeiro. O clima, a luminosidade e a altitude foram fatores decisivos para que, na década de 1960, tivesse início, ali, o cultivo de rosas e outras flores, o que a fez ficar nacionalmente conhecida como "Cidade das Rosas".
Foi com a abertura do Caminho Novo para as minas – hoje mais conhecido como Estrada Real – que o povoado começou a desenvolver-se. Em 1792, a vila foi testemunha de uma triste cena: fora afixado ali, em um poste, um dos braços esquartejados de Tiradentes.
Barbacena, que sempre participou ativamente da vida política de Minas Gerais, é a terra natal de duas famílias tradicionais na política mineira: os Bias Fortes e os Andradas. Hoje, além de conservar duas importantes igrejas setecentistas, fazendas, museus e casarões históricos, Barbacena se mantém dinâmica, com várias indústrias, um comércio ativo, boas escolas, hotéis, restaurantes, bares e danceterias. O clima é uma atração à parte, tornando o lugar ideal no verão e perfeito para quem curte o inverno.
Principais atrativos:
- Serra da Mantiqueira
- Museu da Loucura
- Primeiro hotel-escola da América Latina, o Hotel Senac Grogotó
- Rosas e outras flores
Lagoa Dourada
Terra do rocambole, a cidade se tornou parada obrigatória dos turistas que circulam pelo Circuito Trilha dos Inconfidentes. O povoamento local começou por volta de 1625, quando a bandeira comandada por Oliveira Leitão descobriu ouro nas águas de uma pequena lagoa.
De seu passado colonial, Lagoa Dourada preserva alguns casarões e igrejas com expressivos fragmentos da arte colonial mineira. O acervo de imaginária é notável. A Estrada Real corta o município em seu perímetro urbano. Mas, é na zona rural que Lagoa Dourada preserva preciosos marcos de seu passado. Com tantas fazendas históricas, Lagoa Dourada, no contexto do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes, atenta-se para o seu grande potencial no segmento do Turismo Rural.
A comunidade é habilidosa na produção de licores, vinhos e doces caseiros, que também recheiam os famosos rocamboles. De fato, os deliciosos pães de ló recheados de doces variados fazem jus à fama. Passar por Lagoa Dourada significa provar e comprar rocamboles para levar. Essa receita, que vem sendo passada de geração em geração, tem os segredos que lhe garantem o irresistível sabor.
Principais atrativos:
- Rocambole
- Fazendas históricas
- Igrejas e casarões
- Mirantes